Brasil aumenta exportações de frango mesmo após gripe aviária: 'Nem nos meus melhores sonhos', diz presidente de associação

  • 03/12/2025
(Foto: Reprodução)
Frango em granja no Rio Grande do Sul Reuters As exportações brasileiras de carne de frango devem atingir até 5,32 milhões de toneladas em 2025, acima das 5,295 milhões de toneladas embarcadas em 2024, disse nesta quarta-feira (3) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O aumento ocorreu mesmo após o Brasil ter sofrido um embargo de diversos países após o registro de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), em maio. Com a situação controlada e sem novos casos, países como a China retiraram as restrições. Isso ajudou a impulsionar as vendas Em agosto, quando o país ainda sofria com as proibições, a ABPA havia reduzido suas projeções para o ano, projetando uma queda de 2%, principalmente por conta do embargo chinês. Em novembro, a China voltou a comprar o produto brasileiro. "Nem nos meus melhores sonhos esperava chegar na coletiva e anunciar dados positivos", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Para 2026, a entidade prevê embarques de até 5,5 milhões de toneladas. A produção nacional também deve subir, alcançando 15,3 milhões de toneladas em 2025, ante 14,972 milhões em 2024. Em 2026, o volume pode chegar a 15,6 milhões de toneladas. Segundo Santin, caso a gripe aviária aconteça novamente em 2026, o impacto deve ser ainda menor. Isso porque o Brasil aumentou o número de países com restrições regionalizadas para municípios ou estados no caso de registros da doença. Assim, apenas a área do foco ou próximas a ele ficam com as exportações barradas. De acordo com o presidente, o Brasil perdeu entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões por causa da gripe aviária. O valor é menor do que os prejuízos dos EUA, que ainda enfrentam a crise em granjas. Para os norte-americanos, as perdas são de trilhões de dólares, diz Santin. Leia também: Exportações de carne brasileira para a Argentina disparam no ano Carne suína No setor de carne suína, as exportações devem chegar a 1,49 milhão de toneladas em 2025, acima das 1,35 milhão de 2024. Para 2026, a previsão é de 1,55 milhão. A produção de carne suína deve chegar a 5,55 milhões de toneladas em 2025, ante 5,3 milhões em 2024. Em 2026, pode alcançar 5,7 milhões. Segundo Santin, o Brasil pode se tornar ainda em 2025 o 3° maior exportador de carne de porco do mundo. Esse aumento nas vendas deve acontecer por causa dos casos de peste suína africana na Espanha, maior produtor de carne suína da União Europeia e o terceiro do mundo. Dois javalis achados mortos perto de Barcelona testaram positivo para o vírus, informou o Ministério da Agricultura na sexta-feira (28). Não há casos registrados em porcos. O ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, disse no sábado (29) que cerca de um terço dos certificados de exportação de carne suína do país foram bloqueados como resultado do surto. A China, grande compradora de miúdos, foi um dos países que impôs restrições. Para o presidente, isso abre espaço para o Brasil avançar nesse segmento. Saiba mais: Tarifaço continua para parte do agro: café solúvel, uva, mel e pescados ainda sofrem taxa de 50% nos EUA Parlamento Europeu aprova novo adiamento de lei antidesmatamento Espanha convoca exército para impedir que porcos se infectem com a peste suína africana Brasil sem tilápia? O que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras

FONTE: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2025/12/03/brasil-aumenta-exportacoes-de-carne-de-frango-em-2025-mesmo-apos-gripe-aviaria-diz-associacao.ghtml


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