CNA diz que economia do Brasil é afetada por 'crises políticas pessoais'

  • 15/07/2025
(Foto: Reprodução)
'Economia à margem de agenda política sequestrada' diz carta de confederação do agro A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma nota nesta terça-feira (15) onde afirmou que o Brasil voltou às manchetes internacionais "não por suas oportunidades, mas por suas 'crises políticas pessoais' internas". No comunicado, a CNA citou a carta em que Trump impôs o tarifaço. Ao tentar justificar a elevação da cobrança sobre o Brasil, o presidente dos Estados Unidos disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Para a confederação do agro, o país "tem sido governado, direta ou indiretamente, por uma obsessão com o passado". A CNA criticou nominalmente o Congresso, o Judiciário e o governo. "Enquanto o Brasil real tenta recuperar sua economia, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos, a política nacional insiste em girar em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais", disse a entidade. "A presença dessa agenda como prioridade, inclusive nas relações internacionais, ficou ainda mais evidente com a carta do presidente Donald Trump, um gesto simbólico, mas que reverberou nas instituições brasileiras e criou novo ruído na imagem do país no exterior", completou a CNA. Trump volta a defender Bolsonaro: 'Não é que seja meu amigo' DANIELA LIMA: Bolsonaro vincula tarifaço de Trump a anistia VALDO CRUZ: empresariado está irritado e quer distância de Bolsonaro "A verdade é que o Brasil tem sido governado, direta ou indiretamente, por uma obsessão com o passado. O Congresso Nacional, pressionado por suas bases políticas, perde tempo em disputas e manobras que têm pouco a ver com os interesses econômicos do país", diz a carta. "O Judiciário, por seu turno, também tem sido envolvido em um protagonismo institucional que, embora muitas vezes necessário, alimenta uma instabilidade constante." "E o governo atual é muito culpado também. Em vez de assumir a liderança de uma agenda pragmática e pacificadora, optou por reabrir feridas políticas, reforçando antagonismos e muitas vezes tratando adversários como inimigos", afirma a confederação do agro. "Essa escolha tem custo. A confiança empresarial, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional, pilares de qualquer economia saudável, são minadas quando o próprio governo entra no jogo da revanche." "A política precisa corrigir essa grave crise", conclui a carta. Empresários dos EUA dizem que tarifaço prejudica empresas norte-americanas Frigoríficos já estão parando de produzir carne para os EUA Alckmin se reúne com agro Representantes dos setores como café, carne, suco de laranja e frutas, além dos pescados, se reuniram nesta terça-feira com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Após o encontro, Alckmin afirmou que não planeja pedir ao governo americano que adie a entrada em vigor das tarifas, uma medida defendida por alguns dos empresários. "Pudemos ouvir deles (empresários) e reiterar o compromisso do diálogo, que é o compromisso do presidente Lula de promover o diálogo e trabalharmos juntos para reverter este quadro", afirmou Alckmin. "A ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas é procurar resolver até o dia 31. O governo vai trabalhar para resolver nos próximos dias", concluiu. A previsão é de que os novos impostos sejam aplicados em 1º de agosto. Empresários que deram entrevista depois da reunião afirmaram ter confiança no governo para encontrar uma solução para as exportações. Governo e empresários consideram que a lei da reciprocidade deve ser o último recurso a ser usado. Raio X da exportação arte g1

FONTE: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2025/07/15/cna-diz-que-economia-do-brasil-e-afetada-por-crises-politicas-pessoais.ghtml


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